terça-feira, 20 de abril de 2010

Tu

Dás-me a mão,

E os teus dedos prolongam-se

nos meus dedos,

no meu corpo...

E os teus dedos prolongam-se

p'lo meu peito... que te inspira.


Invades-me...

E de olhar invisível perscruto-te:

Para te saber aí.

Saber que és tu.


Mas quem és tu afinal?

Sim, tu...

Que ousas espreitar-me,

tocar no meu mundo,

bem fundo.

Que ousas conhecer-me,

rir-me,

abraçar-me,

chorar-me,

querer-me.


Olho-te no silêncio,

Sorvendo a seiva que por ti corre.

Aquela que vejo, que quero ver.

E pergunto-me: quem és tu?

Que me permites sonhar

e banhar os meus dias de esperança.

Que me permites brilhar... novamente,

Apesar do medo,

Apesar do cansaço.

Apesar de querer que o meu espaço

Seja meu...

Só meu...



Junho 2009

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