Dás-me a mão,
E os teus dedos prolongam-se
nos meus dedos,
no meu corpo...
E os teus dedos prolongam-se
p'lo meu peito... que te inspira.
Invades-me...
E de olhar invisível perscruto-te:
Para te saber aí.
Saber que és tu.
Mas quem és tu afinal?
Sim, tu...
Que ousas espreitar-me,
tocar no meu mundo,
bem fundo.
Que ousas conhecer-me,
rir-me,
abraçar-me,
chorar-me,
querer-me.
Olho-te no silêncio,
Sorvendo a seiva que por ti corre.
Aquela que vejo, que quero ver.
E pergunto-me: quem és tu?
Que me permites sonhar
e banhar os meus dias de esperança.
Que me permites brilhar... novamente,
Apesar do medo,
Apesar do cansaço.
Apesar de querer que o meu espaço
Seja meu...
Só meu...
Junho 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário