um simples sim, simples não
achados no final de um dever
que me priva de mim mesma.
Um dever sem vincos,
depois da tábua de engomar,
onde o sangue é estanque,
o amor não pulsa,
e o tempo irremediável
inscrito na palma da mão.
Mas surge o dia em que as raízes,
doridas e tontas,
rasgam o chão em desconcerto,
polvos nadando na ondulação.
Rompe o alcatrão sem retorno
uma vida pronta a estrear,
consigo o vento a chuva o sol.
E a baleia expira em repuxo,
carta após carta,
o jogo sem trunfos
guardado para jogar.O ar sossegado respiro
e posso agora parar
num momento qualquer,
musa de uma felicidade perene
que justifica.
Agosto 2011
Agosto 2011