Olhos fechados, silêncio.
Corpo estendido sem pesar:
leve estando flutuando.
Por vezes a vida passa sem que saiba onde estou.
Sou todo o lado
e a força para ser tudo.
Cada minuto vivo,
não sei se vazio,
apenas o corpo
no mar de inverno
quebrando as ondas que se erguem.
Apenas a espuma que
ora sobe,
ora desce
pelos desígnios de um corpo de hoje.
Apenas o momento,
na mão,
animando compartimentos de vida.
Não sei que planos o futuro encerra...
Apenas o verde do limo na rocha,
apenas o verde
nos olhos meus...
Novembro/Dezembro 2010