Por dentro
não sei onde cabes.
A pele permeável,
a dúvida.
O medo dos silêncios,
do que não quero dizer.
Apenas o talvez
quando quero o finalmente.
Por dentro
não sei onde cabes.
As flores
que vêm ao meu encontro,
colho-as,
esplendor de uma casa de inverno;
devolvem-me a humanidade
num toque onde me deixo.
Embriaguez dos momentos
para lá do presente,
para lá de tudo,
onde as cores duram
inconstantes
noutro ponto do espaço:
um lugar nu
onde nos abraçamos
e existimos.
Dezembro 2010/Janeiro 2011
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