Amar-te com quantas forças tenho
e as mãos, minhas,
rompendo grandes a terra
p'ra te agarrar amparar,
olhar para ti
olhos diluídos
no mesmo sangue na mesma carne;
e a calma das nuvens roçando teu sono,
paisagem que esquece o cansaço,
algodão doce desfazendo-se
em lábios de cereja molhada.
Quero-te demasiado,
e demasiada a zanga
p'ra aceitar a aridez,
o futuro por concretizar.
Somam-se os dias
escavando o vazio;
a faca torcendo retorcendo
o que faço por esquecer.
Busco apenas um sentido,
o melhor deles,
e tantos por aqui passam passaram,
p'ra entreter o tempo
disfarçá-lo
enquanto não vens,
pequena gota de luz.
Junho 2011
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