Espero-te,
por entre as ervas
me ver daninha
e só.
Ilusão
a de me salvares,
voar para ti,
e no teu ombro ficar
seguindo o sopro da vida,
a tua,
sem que me lembre
do que não sou.
Cansaço...
Muitos dias
troquei de asas,
troquei de fé.
E as unhas,
na terra fincadas,
mais não eram que sonho
a arder onde não deve,
onde não cabe.
Depressa em ti mergulhei,
afogando a súplica
de um toque,
apagando o silêncio
em minha pele.
Sorriso feito afinado
roçando nu
paredes vazias.
Espero-te...
Na crista do monte do mundo.
Tua mão.
A minha.
Juntas tecendo a sombra
que me aquece os olhos.
Juntas olhando
o azul leal das estrelas.
Juntas balouçando a vida,
distraída,
continuando.
Maio/Junho 2010
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